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Brasil: Militares e agente da PF são presos por suspeita de planejar morte de Lula, Geraldo e Moraes

Brasil: Militares e agente da PF são presos por suspeita de planejar morte de Lula, Geraldo e Moraes

Data de Publicação: 19 de novembro de 2024 11:08:00 Segundo o STF, as evidências apontam para uma tentativa de subversão do Estado Democrático de Direito.l | Redação: Luiz Eduardo - MT News Digital com informações de Uol notícias

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A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (19), a operação "Contragolpe", que desarticulou uma organização criminosa suspeita de planejar um golpe de Estado em 2022. A ação visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), por meio de assassinatos e prisões de autoridades.

Entre os presos estão cinco suspeitos, incluindo quatro militares das forças especiais do Exército e um agente da Polícia Federal.

Os militares são conhecidos como "kids pretos", termo que identifica integrantes de unidades de elite das Forças Armadas. O grupo é acusado de elaborar o plano intitulado "Punhal Verde e Amarelo", que previa o assassinato de Lula e Alckmin, além da prisão e execução do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Quem são os presos

Os mandados de prisão, expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, resultaram na detenção do general de brigada da reserva Mario Fernandes, do tenente-coronel Helio Ferreira Lima, dos majores Rodrigo Bezerra Azevedo e Rafael Martins de Oliveira, e do policial federal Wladimir Matos Soares. Mario Fernandes, figura influente do governo Bolsonaro, atuou como secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e assessor do deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ).

A operação incluiu mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares, como a suspensão do exercício de funções públicas e a proibição de contato entre os investigados. A PF também solicitou o monitoramento de movimentações financeiras e o levantamento de sigilo dos acusados.

Plano meticuloso e operacional

De acordo com a Polícia Federal, o plano "Punhal Verde e Amarelo" demonstrava características de uma operação militar especial, envolvendo técnicas de anonimização, monitoramento clandestino e uso indevido de recursos públicos. O ataque estava programado para 15 de dezembro de 2022, pouco antes da posse presidencial.

Os objetivos incluíam:

A prisão ou execução de Alexandre de Moraes, caso o golpe fosse consumado;

Ataques coordenados a opositores e instituições democráticas;

A anulação das eleições presidenciais.

Conexões com atos antidemocráticos e desvio de recursos

A investigação, que também apura ações ligadas aos atos terroristas de 8 de janeiro de 2023, revelou a possível utilização de recursos públicos, incluindo cartões corporativos, para financiar atividades ilícitas. Foram identificadas ligações com esquemas de falsificação de dados de vacinação e desvios relacionados a medidas sanitárias durante a pandemia.

A operação é um desdobramento da análise de dispositivos eletrônicos de militares, incluindo arquivos apagados e recuperados do coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Cid, que já é réu em outras ações, deve prestar novo depoimento ainda hoje.

Risco à democracia

Segundo o STF, as evidências apontam para uma tentativa de subversão do Estado Democrático de Direito. "As ações identificadas demonstram uma ameaça real e organizada às instituições brasileiras, o que exige resposta imediata e proporcional", declarou Moraes.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou apoio às medidas cautelares, destacando a gravidade das acusações. A investigação deve ser concluída ainda este ano, com possibilidade de novas fases e prisões.

Repercussão

A operação reacende o debate sobre a radicalização política no Brasil e a atuação de militares em atividades antidemocráticas. O governo federal ainda não se pronunciou oficialmente, mas aliados de Lula afirmaram que a ação da PF reaf

irma o compromisso com a democracia.

Imagem da Galeria Foto: Montagem MT News Digital - Reprodução
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