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Consciência Negra: Um Chamado à Reflexão e à Justiça Social

Consciência Negra: Um Chamado à Reflexão e à Justiça Social

Data de Publicação: 20 de novembro de 2024 11:15:00 A Consciência Negra não é apenas sobre relembrar o passado, mas questionar o presente e transformar o futuro | Da redação: Luiz Eduardo - Comunicação social do MT News Digital

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Em um país marcado por profundas desigualdades sociais e raciais, o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, vai além de uma data no calendário. É um marco de resistência e memória que clama por reconhecimento, reflexão e ações concretas contra o racismo estrutural.

A data homenageia Zumbi dos Palmares, símbolo da luta pela liberdade e contra a opressão escravocrata no Brasil. Líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi representa a força de um povo que, mesmo em face da violência e da desumanização, construiu legados culturais, religiosos e sociais inestimáveis para o país.

No entanto, mais de um século após a abolição da escravatura, os números mostram que a liberdade plena ainda não chegou. De acordo com o IBGE, pessoas negras representam 56% da população brasileira, mas enfrentam as maiores taxas de desemprego, subemprego e violência.

Além disso, são minoria nos espaços de poder, como no Congresso Nacional e em empresas privadas.

A Consciência Negra não é apenas sobre relembrar o passado, mas questionar o presente e transformar o futuro. Trata-se de reconhecer que a história da escravidão deixou cicatrizes profundas e que essas feridas não podem ser ignoradas.

O racismo não é um problema exclusivo das pessoas negras; é um desafio de toda a sociedade brasileira.

Iniciativas como a implementação de cotas raciais em universidades e concursos públicos, bem como a valorização da cultura negra em espaços educacionais e midiáticos, são passos importantes. Contudo, é fundamental avançar. A luta por igualdade exige mais do que políticas públicas; requer uma mudança estrutural e cultural.

Neste 20 de novembro, o convite é claro: ouvir, aprender, reconhecer privilégios e agir. A Consciência Negra é um grito por justiça e humanidade que ecoa não apenas nos quilombos históricos, mas em cada esquina, sala de aula e espaço de trabalho.

A luta não é de um dia; é de todos os dias. E ela só será vencida quando a igualdade racial deixar de ser um sonho e se tornar uma

realidade.

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